segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Arte como Forma Significante


Arte como Forma Significante

“Uma obra é arte se, e só se, provoca nas pessoas emoções estéticas.”

Nesta categoria, encontram-se as obras de arte que despertam sentimentos estéticos, sendo que estes não precisam necessariamente ser sentimentos belos ou agradáveis, podem muito bem ser angustiantes e perturbadores, às vezes até beirando o feio. E é este tipo de arte que será apresentado a seguir:

Adriana Varejão

Através da releitura de elementos visuais incorporados à cultura brasileira pela colonização, como a pintura de azulejos portugueses, ou a referência à crueza e agressividade da matéria nos trabalhos com “carne”, a artista discute relações paradoxais entre sensualidade e dor, violência e exuberância.








Guillermo Vargas Habacuc

Uma instalação de arte montada por ele usava um cão de rua, faminto e doente, preso a uma corda. O animal morreu por inanição e falta de cuidados veterinários.


Nele Azevedo

Nele Azevedo é um artista brasileiro que faz esculturas de gelo em locais públicos, que duram apenas 1 dia, tempo suficiente para que toda a arte vá por água abaixo, literalmente.




O Ninho Gigantesco de Verdonck

O artista belga Benjamim Verdonck criou um ninho no Rotterdam Weena Torre e ficou lá durante algum tempo, em uma instalação chamado "a Grande Andorinha."


Mauro Holanda – “A cebola"

Da Série Alma Descarnada: Mauro diverte-se fotografando, de forma “clássica”, alguns ingredientes curiosos que constituem o dia a dia de um grande chef de cozinha.



HEP - Human Emotion Project

Esse é o cartaz duma instalação com vídeos que “expressam as complexas forças que nos identificam como seres humanos: as emoções.”





Na entrada do Museu de Arte Contemporânea de Chicago, uma curiosa instalação deixava os pedestres ressabiados.


A Cabine telefônica de Banksy

Paródia das famosas cabines telefônicas de Londres, feita pelo guerrilheiro britânico e artista Banksy.


A Casa-Túnel de Havel

A instalação abaixo faz parte do projeto Inversion, da Art League Houston e foi criado por Dan Havel e Dean Ruck. Basicamente, eles transformaram duas casas velhas , que estavam prestes a ser demolidas, em um funil gigante.


A Barraca de Oração Pública de Mortimer


O artista Dylan Mortimer fundiu uma cabine telefônica e um oratório dentro de uma obra de arte intitulada de Public Prayer Booth. A cabine é uma proposta artística que pretende analisar a interação entre os aspectos privados da fé com o ambiente público.


Cristiane & Lucas G.

A arte como imitação

Alguns artistas, principalmente os gregos, consideram arte aquela que imita alguma coisa à perfeição, como David, de Michelangelo, que pode ser considerada uma fiel cópia do homem. Esses artistas consideram arte se e somente se ela foi produzida pelo homem e imita alguma coisa. É uma das teorias mais antigas teorias da arte, e foi por muito tempo aceita como inquestionável.
Platão ao considerar que as obras de arte imitavam os objetos naturais, estes eram cópias imperfeitas de seus originais.
Já Aristóteles acreditava que os objetos naturais não eram cópias de nada, e sim as originais em si.
Com o crescimento da insatisfação dos filósofos com a teoria da arte como imitação, surgiu a teoria da arte como forma de expressão.

Por Ricardo N. Marchesan
Teoria da arte como imitação

A teoria da arte como imitação esta entra as mais antigas teorias da arte e foi aceita por muito tempo pelos artistas como a única teoria verdadeira da arte. Faremos um breve relato da sua definição que constitui a tese central dessa teoria da arte a seguir:

Uma obra é considerada de arte, somente se imitar alguma coisa.

Vários filósofos tinham como sua referência à arte a imitação, Aristóteles se referia a arte como imitação, mas divergia do pensamento platônico pelo fato de supor que os objetos naturais copiados pela arte, não são por sua vez cópia de nada, sua idéia era mais favorável à arte. Se levarmos em consideração o pensamento de Platão que afirmava que as obras eram copias imperfeitas de seus originais, ou seja, era uma imitação dos objetos naturais; e por muitas vezes afirmava que os próprios objetos naturais eram cópias de seres perfeitos.

Pontos favoráveis na discução sobre a arte da imitação:

ü Como esta teoria da arte apresenta um critério muito rígido de classificação das obras de arte nos permite distinguir, aparentemente, com certa facilidade uma obra de arte de um objeto que não é uma obra de arte.

ü Possibilita-nos um critério de valor das imagens, podendo dizer se uma obra de arte é boa ou ruim, pois essa qualidade se daria pelo fato da obra mais se assemelhar coma realidade (objeto imitado). Outro ponto importante é que essa teoria adéqua-se em varias formas artísticas como esculturas, filmes, pinturas etc, pelo fato de imitarem da natureza, suas paisagens, pessoas etc.

Podemos ressaltar como pontos negativos desta tese sobre a arte:

v O fato de existirem obras de arte que não imitam nada da natureza, como as pinturas abstratas e outras obras visuais não figurativas.

v Quanto ao critério de definição das obras de arte citado acima, temos em vista que nenhum critério estipulado para qualificar uma obra de arte é suficientemente bom para todas as pessoas, pois suas opiniões sobre a qualidade de uma obra de arte são diversas e distintas. Não nos possibilitando aceitar somente e obrigatoriamente uma definição de arte.

v Também podemos encontrar falhas na teoria quanto a valoração das obras, pois tendo em vista que mesmo tendo obras representativas ótimas, não podemos classificar certas obras de arte porque não imitam nada, não nos possibilitando classificá-las quanto boas ou más. Pois seguindo esses critérios teríamos a fotografia como a mais perfeita das artes. Isso não acontece pelo fato de com relação ao critério valorativo da obra de arte, esta teoria esta muito distante de satisfazer todas as objeções que surgem.



Felipe Schirmer e Lucas Lópes

Arte e expressão

Gordon Graham
Temos de reconhecer que, de facto, muitas obras de arte suscitam emoção e isto parece ser um dos modos pelos quais a arte pode proporcionar prazer ao público. Talvez seja este facto que sustenta a crença mais generalizada no romantismo e no expressivismo. Mas o expressivismo afirma mais, nomeadamente, que o conteúdo da arte é emoção. Uma série de problemas coloca-se perante esta afirmação. Primeiro, é difícil localizar a expressão de emoção numa descrição relevante e plausível da relação entre artista, trabalho e audiência. Segundo, a ênfase na emoção do artista priva a actividade artística do que a devia tornar especial, designadamente a imaginação. Terceiro, não há nada valioso na expressão ou no despertar da emoção por si só. Collingwood oferece-nos uma versão mais sofisticada do expressivismo que tem o mérito de evitar o que podemos chamar "psicologismo" e que demonstra ser uma explicação tão boa do valor da arte quanto se pode desejar. Mas, investigando mais, vemos que estas vantagens são ganhas através de um abandono efectivo do essencial no expressivismo. Se seguirmos a teoria de Collingwood até à sua conclusão lógica, acabamos com uma descrição da arte como modo distinto de entendimento da experiência humana.

Teoria da arte como imitação


"Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo."
A característica própria desta teoria não reside no fato de defender que uma obra de arte tem de ser produzida pelo homem, o que é comum a outras teorias, mas na ideia de que para ser arte essa obra tem de imitar algo. Daí que seja conhecida como teoria da arte como imitação.

Vários foram os filósofos que se referiram à arte como imitação. Alguns desprezavam-na por isso mesmo, como acontecia com o conhecido filósofo grego Platão que, ao considerar que as obras de arte imitavam os objectos naturais, via essas obras como imagens imperfeitas dos seus originais. Ainda por cima quando, no seu ponto de vista, os próprios objectos naturais eram por sua vez cópias de outros seres mais perfeitos. Já o seu contemporâneo Aristóteles, mantendo embora a ideia de arte como imitação, tinha uma opinião mais favorável à arte, uma vez que os objectos que a arte imita não são, segundo ele, cópias de nada.

O artista, como imitador, é obcecado com a realidade, que é sua fonte primeira. Nos mínimos detalhes, tenta reproduzi-la, sem jamais alcançá-la, pois a imitação quase nunca atinge a qualidade do original. A vida e o mundo estão sempre surpreendendo a humanidade porque são amplos e complexos. Por isso, a arte, como imitação, sempre será diminuta quando comparada a original tão grandioso. Platão chega a sugerir que se abandone a empreitada artística, por sua futilidade. No Estado perfeito por ele idealizado, não haveria artistas.

Portanto a teoria da arte como imitação parte do principio de que toda criação humana é fruto de algum objeto já existente, sendo assim uma imitação de algum cenário, momento ou alguma coisa, porém sem jamais atingir a perfeição. As figuras ilustram exemplos de imitações, como a do pintor passando aquele cenário para o quadro, e a pintura abaixo, que ilustra diversos objetos e sentimentos.



Fábio e Rafael 421

Teoria da arte como forma significante



• A teoria mais elaborada e recente
• Também chamada de teoria formalista
• Abandonou a ideia de que existe uma característica que possa ser diretamente encontrada em todas as obras de arte.
• Teoria defendida pelo filósofo Clive Bell
• De acordo com a teoria formalista de Clive Bell, não se deve começar por procurar aquilo que define uma obra de arte na própria obra, mas sim no sujeito que a aprecia.
• Isso não significa que não haja uma característica comum a todas as obras de arte, mas que podemos identificá-la apenas por intermédio de um tipo de emoção peculiar, a que chama emoção estética, que elas, e só elas, provocam em nós..

Uma obra é arte se, e só se, provoca nas pessoas emoções estéticas.

Note-se que não se diz que as obras de arte exprimem emoções, senão estaria a defender o mesmo que a teoria da expressão, mas que provocam emoções nas pessoas, o que é bem diferente. Se a teoria da imitação estava centrada nos objetos representados e a teoria da expressão no artista criador, a teoria formalista parte do sujeito sensível que aprecia obras de arte. Digo que parte do sujeito e não que está centrada nele, caso contrário não seria coerente considerar que esta teoria é formalista.

Tendo em conta a definição dada, reparamos que a característica de provocar emoções estéticas constitui, simultaneamente, a condição necessária e suficiente para que um objeto seja uma obra de arte. Mas se essa emoção peculiar chamada emoção estética é provocada pelas obras de arte, e só por elas, então tem de haver alguma propriedade também ela peculiar a todas as obras de arte, que seja capaz de provocar tal emoção nas pessoas. Mas essa característica existe mesmo? Clive Bell responde que sim e diz que é a forma significante.


Frases como:
• Este quadro é uma verdadeira obra prima devido à excepcional harmonia das cores e ao equilíbrio da composição;
• Aquele livro é excelente porque está muito bem escrito e apresenta uma história bem construída apoiada em personagens convincentes e bem caracterizada;

Exprimem habitualmente uma perspectiva formalista da arte.

A vantagem desta teoria é que ela pode incluir todo o tipo de obras de arte, inclusivamente obras que exemplifiquem formas de arte ainda por inventar. Desde que provoque emoções estéticas qualquer objeto é uma obra de arte, ficando assim ultrapassado o caráter restritivo das teorias anteriores.


Filipe, Geise, Letícia e Naiane

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A arte como expressão


A teoria que aborda a arte como expressão consiste na afirmação de que uma obra é arte se, e só se, exprime as emoções e os sentimentos do artista. Ela possui vantagens em relação à teoria da arte como imitação, pois expande os limites na classificação da arte, abrangendo também a arte abstrata e a música, por exemplo. Essa teoria é centrada no artista, e, em função disso, é possível avaliar os sentimentos do criador da obra através da obra criada. Mas essa teoria possui algumas falhas, pois para cada observador, uma mesma obra pode despertar emoções diferentes, assim como também pode expressar emoção alguma. Outro problema é o julgamento valorativo da obra, porque se os observadores sentem emoções diferentes, ou não sentem nada, como atestar se uma obra é arte? Se é uma boa obra? E se o artista não quis expressar nada? Então não é arte? Essas perguntas não foram respondidas, mas sim modificadas através da teoria da arte como forma significante, onde apesar de ter-se conseguido explicar melhor os critérios de classificação da arte, os questionamentos e falhas persistem. Como as teorias da arte procuram explicar a natureza da obra de arte em geral, alguns críticos consideram essa tarefa inevitavelmente fadada ao fracasso.