quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A arte como expressão


A teoria que aborda a arte como expressão consiste na afirmação de que uma obra é arte se, e só se, exprime as emoções e os sentimentos do artista. Ela possui vantagens em relação à teoria da arte como imitação, pois expande os limites na classificação da arte, abrangendo também a arte abstrata e a música, por exemplo. Essa teoria é centrada no artista, e, em função disso, é possível avaliar os sentimentos do criador da obra através da obra criada. Mas essa teoria possui algumas falhas, pois para cada observador, uma mesma obra pode despertar emoções diferentes, assim como também pode expressar emoção alguma. Outro problema é o julgamento valorativo da obra, porque se os observadores sentem emoções diferentes, ou não sentem nada, como atestar se uma obra é arte? Se é uma boa obra? E se o artista não quis expressar nada? Então não é arte? Essas perguntas não foram respondidas, mas sim modificadas através da teoria da arte como forma significante, onde apesar de ter-se conseguido explicar melhor os critérios de classificação da arte, os questionamentos e falhas persistem. Como as teorias da arte procuram explicar a natureza da obra de arte em geral, alguns críticos consideram essa tarefa inevitavelmente fadada ao fracasso.

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